quinta-feira, 14 de abril de 2016

No verso do Inverso


No verso do inverso sai da ruína,
Logo quando tudo parecia sem sentido,
Em um fim de tarde preso na rotina,
Esbarro com alguém que me olha nos olhos,
E com um simples olhar me fascina.

Esse alguém tão simples e serena me sorri,
Um sorriso lindo e cativante,
Que me faz lembrar os bons momentos que já vivi,
Agora encantado por um sorriso metálico tão brilhante.

No verso do inverso tudo aconteceu,
Em outro dia mais um esbarrão,
No entanto nesse dia veio o que eu queria,
Paramos e conversamos por horas sem exaustão,
E no fim da tarde o encontro se torna uma melodia.

Seus cabelos ondulados mesclados com o crepúsculo do entardecer,
Seu olhar apaixonado com um brilho mais intenso que o sol do meio dia,
Abraçamos-nos e nos beijamos sem nem ao menos perceber,
Acorrentados por uma paixão platônica que por ambos era mantida.

No verso do inverso embriaguei-me em seu encanto,
Seu aroma me iluminou a vida, e tirou-me dos prantos,
Rogo que o anoitecer não te faça me esquecer,
Que no amanhecer eu seja seu motivo de viver,

E que no crepúsculo eu possa ser novamente seu recanto.




Alex de LaMontier

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