A cada passo um fracasso
A cada sonho um tombo
O que faço se não me
regaço?
Só me sinto satisfeito
com os enganos.
A cada novo amor
Sofro pelo anterior
A cada conquista
Uma nova melodia
Cantada e contada
Buscando uma nova saída
A cada instante
Vejo um elefante
Andando de
motociclo
Com um alto falante
Sei que isso não fez
sentido
Mas é assim que me sinto
neste instante
Perdido e confuso
Vejo imagens saídas do
meu próprio mundo
Me sinto fraco e cansado
Sem mais forças para
batalhar
Para que me apaixonar
novamente
Se no fim vou me
atrapalhar?
A cada novo amor uma
ilusão
A cada novo sonho uma
nova decepção
Faço o que faço, vivendo
nos meus próprios traços
Compondo o chão da minha
ilusão
Vivo minha vida como uma
rua sem saída
A cada novo ano, mais me
vejo sem as pessoas que me eram queridas
O tempo corta meus laços
e me deixa sem chão
Alguém que eu via todos
os dias da minha vida
Hoje não tenho nem mais
noticias.
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