sábado, 11 de junho de 2016

Pseudolalia

Sofro de um mal que aflige muita gente
Sofro de uma constante necessidade de me tornar atraente
Vivo de uma fraqueza de não me sentir desejado
Vivo em uma incessante busca de me proteger de todos os lados.

Engano quem acredita
E machuco quem desconfia.
Ao ser questionado fujo e me escondo
Me protejo e me auto engano
Acredito na realidade que crio
E me sinto maior com isso.

Como Franklin Richards, me sinto com o poder
De alterar a realidade ao meu bel prazer.
Com auto estima baixa, me sinto desvalorizado
E com as mentiras constantes, me sinto mais bem engajado.

Mas quem quero enganar?
Não sou rei, não sou profeta
Não sou rico, muito menos atleta
Nunca fui a lugares que contei, 
E tão pouco tive as conquistas que declamei

Minha vida é chata, e sem movimentação
Meu pai autoritário e insatisfeito, reclamava ate da minha respiração
Não era bom o suficiente, e tão pouco capaz
E mesmo quando me sobressaia, não era nada de mais.

Agora estou aqui, preso em mentiras
Preso em um vicio que me consome a vida
E como escapar?
Como obstruir a necessidade de enganar?

Como vencer a ideia de incapacidade
E ter forças para encarar a realidade?
Como deixar de me preocupar com julgamentos
E viver a vida para meu próprio contentamento?

Quero por um fim ao medo de não ser bom o suficiente
E viver com os frutos colhidos de tudo que planto
Sem me deixar abater pelo julgamento dos que não me entendem
Quero ser livre para viver sem mais enganos.








Alex de LaMontier.

Nenhum comentário:

Postar um comentário